17/09/2009

homem ao mar

Viestes em época de maré cheia
Provando que nada tinha a ver com isso a lua
Pois foi embaixo do sol que me/te/nós/vós incendeia
Onde mostrasse tua pele nua (já não mais tão crua)
Não foi preciso nem um pouco mais de tempo
Eu já me via por inteiro, todo entregue a ti
Mas isso nunca foi espanto
Eu me encantando pelo primeiro canto de qualquer sereia
O que me surpreende é que ainda não tenhas vindo me devorar
Talvez seja a distância, eu no céu e tu no fundo do mar
E mesmo depois de quase me afogar indo ao teu encontro
Tu ainda continuas a cantar, o que me faz duvidar
Qual teu verdadeiro objetivo
Se num minuto acabas comigo
E no outro seguinte inventas algum novo motivo
Para que eu não desista de ti
Como o naufrago que não desiste de remar
Mesmo não sabendo aonde vai chegar

Um comentário: